OS 7 PASSOS QUE FAZEM A DIFERENÇA

Guia de Inclusão Social - Responsabilidade de Todos
Faders - Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PPD e PPAH
www.faders.rs.gov.br

1. DEFICIÊNCIA VISUAL

- Ofereça ajuda sempre que uma pessoa cega parecer precisar. Mas, antes de fazer qualquer coisa, pergunte se ela realmente precisa. Só tome uma atitude se ela concordar;
- Não a pegue pelo braço. Ao guiá-la, deixe que ela pegue seu braço; dê preferência ao cotovelo ou ao ombro;
- Oriente sempre que encontrar degraus, meio-fios e outros obstáculos;
- Em lugares muito estreitos para andar lado-a-lado, ponha o braço para trás, possibilitando que a pessoa cega siga você;
- Ao sair de uma sala, não esqueça de avisar: é desagradável para qualquer pessoa falar para o vazio;
- Não evite palavras como cego, olhar e ver. As pessoas cegas também usam;
- Ao indicar direções, seja sempre o mais claro e específico possível. E não esqueça de indicar os obstáculos no caminho que ela vai seguir;
- Como algumas pessoas cegas não têm memória visual, indique sempre à distância em metros (por exemplo: uns 20 metros à frente). Se você não souber como direcioná-la, peça ajuda, que ela lhe dirá a melhor maneira;
- Ao guiar um deficiente visual até uma cadeira, leve sua mão ao encosto e informe se a cadeira tem ou não braços;
- Num restaurante, é educado ler o cardápio e os preços;
- Não esqueça: a pessoa cega é exatamente igual a você. O fato dela não enxergar não deve mudar a sua maneira de tratá-la;
- Ao conviver social ou profissionalmente com pessoas com deficiência visual, não pense na cegueira como um problema, ou que esta irá minimizar ou excluir a participação das pessoas cegas. Deixe que elas decidam como participar, com as mesmas chances de acertar e errar de qualquer pessoa;
- No caso de pessoas com baixa visão (sérias dificuldades visuais), tenha o mesmo respeito, perguntando sempre se pode ajudar quando notar que elas enfrentam dificuldades.

2. DEFICIÊNCIA FÍSICA

- Não segure nem toque na cadeira de rodas. Ela é a parte do espaço corporal da pessoa. Apoiar-se ou encostar-se na cadeira é o mesmo que se apoiar ou se encostar na pessoa;
- Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa;
- Se você desejar, ofereça ajuda, mas não insista. Se realmente precisar de ajuda, a pessoa aceitará seu oferecimento e dirá o que fazer. Forçar ajuda pode causar insegurança;
- Não tenha receio de usar palavras como "caminhar" ou "correr"; as pessoas com deficiência também as usam;
- Quando você e uma pessoa com deficiência quiserem sair juntos, preste atenção para eventuais barreiras arquitetônicas ao fazer a escolha de um restaurante, uma casa, um teatro ou outro lugar que pretendam visitar;
- Se a conversa com uma pessoa em cadeira de rodas durar mais que alguns minutos, sente-se, de modo a ficar no mesmo nível de seu olhar. Para uma pessoa sentada, não é confortável ficar olhando para cima durante um período relativamente longo;
- Não estacione seu automóvel em lugares reservados às pessoas com deficiência física. Tais lugares são reservados por necessidade e não por conveniência. O espaço reservado é mais largo que o usual, a fim de permitir que a cadeira de rodas fique ao lado do automóvel e a pessoa com deficiência física possa sair e sentar-se com autonomia. Além disso, o lugar é reservado sempre próximo à entrada de prédios para facilitar o acesso aos mesmos;
- Ao ajudar uma pessoa com deficiência física a descer uma rampa inclinada, ou degrau alto, é preferível usar a "marcha ré " para evitar que, pela excessiva inclinação, a pessoa perca o equilíbrio e possa cair para frente;
- Se você estiver acompanhando uma pessoa que ande devagar, com auxílio ou não de muletas ou bengala, procure acompanhar o passo dela;
- Tome os cuidados necessários para que a pessoa não tropece;
- Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência. Promova atitudes independentes e maior autonomia.

3. DEFICIÊNCIA AUDITIVA / SURDEZ

- A comunicação com pessoa surda ou com deficiência auditiva exige que você fale claramente, distinguindo palavra por palavra. Mas não precisa exagerar: fale com a velocidade normal, a menos que lhe seja pedido para falar mais devagar;
- Tome cuidado para que a pessoa com quem você fala enxergue a sua boca. A leitura dos lábios fica impossível se você gesticula, segura alguma coisa na frente dos lábios ou fica contra a luz;
- Use o seu tom de voz normal, a menos que lhe seja pedido para falar mais alto. Não esqueça: gritar não adianta;
- Seja expressivo. Como os surdos não podem notar as mudanças sutis na sua voz, a maioria lê as expressões faciais, gestos e movimentos do seu corpo para entender o que você quer comunicar;
- Quando você quiser falar com uma pessoa surda, chame a atenção dela sinalizando com a mão ou tocando seu braço. Durante a conversa, mantenha sempre o contato visual. Se você olhar para outro lado, enquanto vocês conversarem, ela achará que a conversa terminou;
- Se você sentir dificuldade para entender o que ela estiver falando, peça para repetir ou mesmo escrever. Mais importante que o método é a comunicação;
- Quando a pessoa surda estiver acompanhada de um intérprete, fale diretamente com ela e não com o intérprete. Ao planejar um encontro, lembre-se que os avisos visuais são sempre úteis;
- Para assistir a um filme, se ele não tiver legendas, providencie um script ou o resumo do conteúdo;
- Procure conhecer a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Além de ser a segunda língua oficial do Brasil, é através dela que os surdos se comunicam. Fique atento: a presença do intérprete em concursos públicos, seminários e outros é garantida por lei.

4. DEFICIÊNCIA MENTAL

- Quando você pensar numa pessoa com deficiência mental, esqueça a última parte e lembre que, antes de tudo, ela é uma pessoa. O tratamento, dessa forma, é o mesmo: crianças são tratadas como crianças, adolescentes como adolescentes e adultos como adultos;
- Cumprimente a pessoa com deficiência mental de maneira normal e respeitosa, sem esquecer, também, de se despedir;
- Haja naturalmente e evite a super proteção. O deficiente mental deve fazer sozinho tudo o que puder. Precisará de sua ajuda quando ela for realmente necessária;
- É importante lembrar que a deficiência mental pode ser consequência de uma doença, mas não é uma doença. Ela é uma condição da pessoa. Nunca use expressões como bobinho ou doentinho quando se referir ou se dirigir a uma pessoa com deficiência mental;
- Lembre sempre: deficiência mental não é doença mental.

5. DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA SENSORIAL / SURDOCEGUEIRA

- As crianças com múltipla deficiência geralmente apresentam dificuldades de comunicar seus pensamentos, desejos e intenções, A maior parte delas não apresenta linguagem verbal, mas pode comunicar-se por gestos, olhar, movimentos corporais mínimos, sinais, objetos e símbolos. Necessitam de pessoas interativas e receptivas que ofereçam apoio e incentivem esse processo de comunicação não verbal;
- Quando se aproximar de uma pessoa surdocega, faça-a saber, com um toque simples, que você está perto dela; use de forma suave e positiva todas as formas de comunicação que ela adotar, pois a condição de surdocega leva a pessoa a ter necessidades de formas específicas de comunicação, portanto, aprenda e
use os meios de comunicação que ela usa, mesmo os mais elementares, assegurando-se sempre que ela o compreende e você a compreende.

6. AUTISMO

- O autista apresenta resistência à mudança de rotina, ao aprendizado e ao contato físico. Na infância, usa as pessoas como ferramentas, age como se não ouvisse, não mantém contato visual e não interage com outras crianças. Apresenta, também, acentuada hiperatividade física, risos e movimentos não-apropriados,
comportamento indiferente e arredio. Pode, às vezes, apresentar comportamento agressivo e destrutivo, não demonstrando medo de perigos;
- O autista demonstra um apego não-apropriado a determinados objetos, girando-os de forma peculiar. Essas crianças necessitam de um dia altamente estruturado e previsível. Apesar de precisarem ter sua personalidade respeitada, devem aprender normas e habilidades necessárias a qualquer outra criança;
- Quando, o autista não possuir a linguagem falada, faz-se necessário o ensino de outras formas de comunicação.

7. PESSOAS COM ALTAS HABILIDADES

- A pessoa com altos habilidades/superdotação apresenta acentuada curiosidade e persistência em satisfazer seus interesses. Possui senso de humor altamente desenvolvido e, também, senso crítico em relação a si mesma e aos outros, não sendo propensa a aceitar afirmações, respostas ou avaliações superficiais;
- Essas pessoas apresentam facilidade para entender os princípios gerais e, com a mesma facilidade, propõem muitas idéias para um estímulo específico;
- Apresentam grande sensibilidade a injustiças, tanto em nível pessoal quanto social. Facilmente, observam inúmeras relações entre objetos, idéias e situações, apresentando uma forma original de resolver problemas. Caracterizam-se também por possuir imaginação e criatividade aguçadas, demonstrando talento incomum para artes, música, dança, esporte, literatura, línguas, informática e outros.

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